segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"O PÃO NOSSO DE CADA DIA"

















Os primeiros pães surgiram há cerca de 12 mil anos na Pérsia. Eram uma mistura de vários tipos de grãos moídos e água, cozida sobre pedras quentes. Era seco e duro, mas muito nutritivo. Nas mãos dos egípcios, no novo Império (1567 a 1085 a.C.), a panificação recebeu o seu grande impulso. Havia mais de 40 variedades de pães. Eles criaram o processo de fermentação, que deixou o pão mais macio e saboroso. Os egípcios perceberam que a massa, umedecida, depois de um certo tempo, libertava alguns gases, tornando o pão mais poroso. Aos poucos, o pão chegou ao Império Romano. Começaram a aparecer escolas de padeiro, profissão surgida por volta do ano 50.
A história do pão confunde-se com a própria história do homem. Quando a caça começou a escassear na Terra, o homem primitivo mitigou sua fome como os animais, comendo raízes e bolotas de carvalho. Junto com as raízes arrancadas, vinham alguns grãos de cevada ou trigo. 0 homem comeu e saciou sua fome. Aqueles grãozinhos, no entanto, chamaram especialmente sua atenção porque tinham o mérito de, realmente, matar sua fome.
Em um dado momento da história, os grãos que sobraram de uma alimentação, foram molhados por chuva forte e acabaram inchando. Ao serem recolhidos, transformaram-se em uma pasta uniforme; o homem primitivo comeu-a e sentiu-se alimentado, e isso, sem o trabalhoso ato de mastigar os grãos duros para poder engolí-los.
O processo foi se aperfeiçoando e a simples pasta de grãos, após haver secado ao sol, servia como alimento cada vez mais importante.
Uma acidental fermentação em uma pasta feita com grãos de trigo determinou o crescimento da massa. A massa foi cozida assim mesmo e o resultado foi surpreendente em termos de alimento; ela estava crescida e com bom paladar.